quinta-feira, 25 de novembro de 2010

te odeio portugal

quando:

sou intrusa no meu próprio quarto. são pessoas entrando, saindo, batendo a porta, sentando na minha cama, cantando raps e gritando nos meus ouvidos coisas que não me interessam. GLÓRIA DEUS, eles se foram. mas voltam.

o chuveiro não funciona (todo dia). a água quente queima minha pele, a água gelada congela minhas mãos. não existe meio termo. movimentos milimetricamente pensados e, enfim, a água quente acaba. tchau, sensibilidade.

o chão vira cabelo, a parede vira mofo, o céu vira mar, ar, vendaval, a terra, movediça.

as palavras são insignificantes. não importa o que é dito, várias vezes repetido, acompanhado de gestos e gráficos. eles simplesmente não entendem.

não consigo me desvencilhar de uma realidade mesquinha, de coros, coros, muitos coros sem voz.

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