quarta-feira, 24 de novembro de 2010

continua

extremos. distância, saudade, muita gente, poucos amigos, euro, pobreza, línguas, atrofia, frio, calor, vontade, preguiça, dúvida, dádiva. cá estou, no lugar onde só a fome é eterna.

não sei o que dizer. depois de dois meses, o vazio ainda é constante. enriqueci de algum modo que desconheço. aprendi a posição dos países, a nacionalidade e as moedas correspondentes, acompanhei o outono, reclamei do calor e enlouqueci no frio. atrofiei meu cérebro e recuperei minha visão.

as grandes novidades são velhas descobertas. o feijão com caldo, o arroz escorrido, o cachorro com pinta nos olhos, a escrita desafiadora, as conversas com os velhos amigos, o amor dos grandes amores. a praia. a lajota gelada. a primeira sensação de chegar em casa é a lajota.

as grandes músicas e os grandes livros. e os filmes. esses levo muito grata ao desenvolvimento europeu.

as pessoas. deixo aqui, sem pesar.

as letras. quero conseguir levar. sou elas sem sentido nesse início de mundo.

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