segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

carta desconcertante

o post anterior ficou enorme e mesmo assim eu não consegui sintetizar tudo o que eu ando pensando. decidi reescrever, porque um assunto assim, não poderia ser toscamente discutido.
até ante-ontem, eu não tava nem um pouquinho preocupada. eu não achava que as coisas tinham chegado nessas proporções. eu ainda tava chateada, mas nem pensei no que tu tarias pensando a essa altura do campeonato. coisas de gente egocêntrica.
e por causa de tanto egocentrismo meu, andei sentindo o peso dos meus atos.
eu não me arrependo das palavras cortantes que te lancei, nem da minha frieza habitual. só me arrependo, e como, de não ter dito no final, as palavrinhas mágicas: "mas tu sabes que tu sempre podes contar comigo, nos bons e maus momentos.". fui mal. e mau.
na verdade, faltou a parte "dos maus momentos". que eu ajudava quando tu tava fudido, sabe?
sei que me preocupo muito em julgar e apontar e tentar corrigir certas coisas ao invés de ME corrigir, porque afinal, eu mais do que ninguém sou ciente das coisas que eu faço e dos meus defeitos. ao invés de exigir tanto a famosa humildade, eu nem sequer lembrei de me redimir.
não sei a que ponto eu tô levando toda essa história. mas é que, eu não sei a que ponto tudo isso mudou certas concepções tuas. e por isso que preciso levar tudo muito à sério, porque foi algo muito sério, que precisa ser levado seriamente.
é a nossa amizade que tá em jogo. não por mim, mas por ti. dessa vez, eu, incrível e inexplicavelmente, não consegui prever teus atos e ler teus pensamentos.
eu não tentei nenhuma outra forma menos fria de comunicação, porque, como já disse, não sei o que tás pensando, nem se tás pensando.
só sei que eu preciso do meu amigo, e melhor amigo, de volta. desculpa por não cumprir a parte do trato que dizia que eu seria compreensiva; desculpa por "achar" e só "achar" o tempo todo; desculpa por ser tão estúpida e xiita; e, o pior: por não te ajudar quando tu mais precisaste, e ignorar a tua tristeza/revolta/seja lá o que for, por mero orgulho.
desculpa por não ser tua amiga, como tu serias meu amigo. por não ser completa, nem sólida, nem constante.
desculpa. em outras circustâncias, eu poderia passar tempos sem te ver, mas só de lembrar que eu talvez nunca mais fale contigo, me sinto sufocada.
e não é frescura, é medo. de perder o melhor amigo que eu já tive.
faz muito tempo que eu não falo o que deveria, e sim, só besteiras. desculpa por tudo isso.
desculpa por esse texto piegas. precisava dizer isso.
te amo.

3 comentários:

  1. Cara.. teu amigo deve tá feliz agora.
    ["E se perguntando como você consegue preencher tão rapidamente um buraco,um dos unicos da estrada,que poderia por ventura fazer o viajante sair dessa estrada,ele que a pouco caiu nesse buraco,agora vê que por descuido dele,e por falta de manutenção da estrada,essa dificuldade foi recompenssada com a melhora,por incrível que pareça,de uma estrada única,bela e cada vez mais segura."]
    Ele pede desculpas.

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  2. Bravo!!!
    Clap, clap, clap.

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  3. Este comentário foi removido por um administrador do blog.

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