domingo, 28 de maio de 2006

Imperfeição.

Eu não sou perfeita, merda.
Por que você insiste em dizer o que eu tenho que fazer?
Eu sei o que é preciso.
Eu sei que você quer me ajudar.
Mas assim você só me derruba.
Me destrói, me mata aos pouquinhos.
Porque eu não sou de ferro.
Eu sou gente, gente recheada mais de emoções do que de razões.
E você também é, entenda.
Eu não preciso tirar dez em física pra ser inteligente.
Nem varrer a casa pra ser uma boa filha.
Será que você não vê?
Que eu faço tudo pra te impressionar e, você, indiferente.
Eu nunca escutei um "parabéns".
E nem sequer um "que bom, continue assim"
Por que você não se orgulha de mim?
Eu me orgulhava de mim.
Mas agora...
Agora percebi que eu sou digna de um lixo.
Não é isso que você pensa?
Pois é o que parece.
As palavras sempre ferem mais.
E eu sempre tenho que sofrer a sua agressão.
Eu não sou o seu problema, caralho.
Ou sou!?
Você ainda me ama?
Pois eu não te amo mais.
Não nesse minuto.
Daqui a muitos minutos eu volte a te amar como antes.
Mas agora não.
Você nem sabe o quanto eu tô sofrendo né?
Basta olhar pro teclado, molhado.
Por que hostilidade em resposta à minha alegria?
Pois ela já não tá mais aqui.
Tá morta.

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